KRITIK’ANDO .XI
(KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
Não venho aqui desde 30 de Junho. Completaram-se 102 revoluções do planeta. Uma por dia, é claro.
E como envelheceu o mundo nesses dias. Como ficou desorientado e abandonado à sua sorte!
Os do costume, os verdadeiros protagonistas dos destinos da Terra, quiseram juntar à asfixia ecológica a asfixia económica. Perderam a última nesga de pudor, deixaram cair a máscara e revelou-se toda podridão do sistema civilizacional ocidental.
Como é cómico e triste ver os “poderosos” atónitos e impotentes perante a verdadeira força: a do dinheiro! Parecem donzelas humilhadas por namorados agressores ou crianças aterrorizadas pelos papões e pelo escuro.
Afinal quem manda em quê e em quem? Manda como? Para quê? Como e quem garante o que quer que seja a cada um dos restantes? Como acreditar em alguém ou em coisa alguma?
A ciência, o bom senso, a justiça, a boa vontade, o humanismo são sempre realizações de pessoas. Imperfeitas. E, volta e meia (demasiadas vezes), mal intencionadas.
Nada ficará como dantes...fim da era da abundância...preparem-se para regredir...
Era inevitável. Só não sabiam como dizê-lo.
Mais uma vez portaram-se indecentemente!
KRITIK’ANDO .X
(KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
Senhoras Entidades Licenciadoras,
os vossos critérios de decisão continuam medonhos. Apesar de contornada a barreira psicológica do ano 2000, laborando, portanto, Vossas Senhorias inexoravelmente no século XXI.
Deve baralhar completamente Vossas Senhorias a coexistência de tanta norma supranacional com a "tacanhezinha " local. Tudo conduzido por pessoal muito dado ao exercício do pequeno poder e pouco dedicado à boa solução dos problemas.
E os resultados?! Uma vergonha, Senhoras Entidades Licenciadoras. Uma vergonha!
O exemplo exposto é muito incómodo. Quem concebeu e propôs semelhante edifício? Com que explicação? Está tudo conforme o PDM? Cumpre os requisitos estéticos, ambientais, de segurança...?
Deveria chamar-se "Edifício-Bairro-Social-Retro ” ou "Edifício-Expresso-Cor-De-Rosa ” e é muito difícil de engolir.
Paciência, Senhoras Entidades Licenciadoras. Paciência!
KRITIK’ANDO .IX
(KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
Jazem alguidares de barro onde alguém amassou esforçadamente centenas de cozeduras de pão.
Jazem sobre a cisterna cobertos de líquenes prateados que os dias húmidos lhes foram bordando.
Jazem solitários ou em companhia de alguma abóbora e, de quando em vez, visitados por melros pretos que demandam as figueiras.
Jazem belos, mortos pelo cansaço.
Faltaram as forças à proprietária. Não chegaram a dar-se conta que agora faltarão os cereais que hão-de ser todos espremidos para fazer combustível. Morreriam, então, de vergonha!
KRITIK’ANDO .VIII
(KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
O Mundo ainda respira, mas cada dia respira pior!
Já começa a sentir-se o baixo teor de oxigénio no cérebro de muitos dos seus habitantes:
Multiplicam-se as perdas de memória relativamente a comportamentos básicos;
Aumenta descontroladamente o desalento e o abandono;
Crescem os sinais de delírio e de falta de contacto com a realidade;
Fezem-se coisas inomináveis, criminosas ou simplesmente ridículas...
KRITIK’ANDO .VII
KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
De quem é o adro da Sé?
É da Sé.
E a Sé, de quem é?
Seja lá de quem for não há necessidade de se tomarem medidas absurdas.
Na cancela que dá acesso ao adro/parque de estacionamento uma placa "proíbe" a entrada a animais (ou só a cães?). Como a frente do adro é totalmente aberta tal proibição não faz qualquer sentido. Mas mesmo que o "dono" do adro da Sé, seja lá quem for que seja, mandasse vedar tudo, continuaria a não fazer sentido nenhum.
A não ser que a medida seguinte fosse liquidar as pombas.
Que incómodos são os animais! Serão eles um lastimável erro da criação?
KRITIK’ANDO .VI (KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
A obra de requalificação da orla da baía de Angra foi, e continua a ser, pouco eficaz, pouco ambiciosa e muito pouco corajosa.
Não se conseguem compreender as razões que levaram a edilidade a abdicar de negociar o melhoramento de uma extensa zona daquela marginal pertença de privados que até ao momento ainda não revelaram o mais leve sinal de adesão ao projecto. Estou a referir a zona da moagem e demais edifícios fortemente degradados.
Deixou de ser aceitável que aquela “unidade industrial” continue ali. Tais equipamentos já têm lugares próprios onde devem ser instalados. Aquele equipamento em concreto não cumpre, à vista desarmada, elementares requisitos de qualidade, incomoda e põe em perigo o trânsito automóvel em virtude de uma inqualificável excepção concedida àquela entidade e está, há demasiado tempo, totalmente descontextualizado: os cereais chegam hoje a esta ilha pelo porto oceânico da Praia da Vitória à ilharga do qual se encontra uma zona industrial moderna.
Estará a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo satisfeita com a execução do seu projecto? ...E o Hotel? ...E o Clube Náutico?
Não teve fôlego aquela obra e infelizmente vai esmorecendo, esmorecendo, esmorecendo!
KRITIK’ANDO .V
KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
Anda por aí um "sical" . Um desassossego interessante pelo qual já tive muito entusiasmo. Era, além de tudo o mais, um excelente pretexto para passar umas boas horas pelo interior da Ilha.
Como todas as actividades os ralis evoluíram . Tiveram que evoluir. Deve-se ser sempre como os outros, se possível como os melhores.
Então, os ralis tornaram-se muito exigentes e complexos, muito caros e muito patrocinados, muito profissionais. A tal ponto que alguns já se tornaram muuuuito difíceis de realizar.
Principalmente o maior, o internacional...Pois não é que acabou a publicidade ao fumo? Mesmo com uma patética tentativa dos nossos governantes para inventar uma excepção? Fumar por uma boa causa como é a económica talvez nem sequer faça mal. Dependerá, pelo menos, da relação custo/malefício. Não?
Tiveram que evoluir, os ralis: "Evolution VII", "Evo VIII". Daí alguns pilotos deixarem de dar conta de tanta evolução sem o inestimável auxílio a substâncias ilícitas.
Enfim... já evoluiu demais!
KRITIK’ANDO .IV
KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
Basta disto, basta daquilo, basta daqueloutro. Pois, bastará. Mas...e depois?
Que traria de novo um antigo secretário regional, de um tempo que já não cola, e ex-ministro de um dos mais estranhos governos de Portugal dos últimos tempos?
O homem enfrentou um ilustre desconhecido numa disputa municipal e perdeu; o homem não é micaelense; o homem não vê que está com um mandato pré datado.
Alguém acredita numa semelhante candidatura, a não ser umas dúzias de saudosistas e meia dúzia de carreiristas cá da praça?
Eles não aprendem mesmo!
KRITIK’ANDO .III
(KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
KRITIK’ANDO .II
(KRITIK’ANDO são reparos sobre coisas que nos saem ao caminho e nos alteram o resto do dia...)
...E pergunta toda a gente
(mas toda a gente, aliás):
Se isto era a porta da frente,
Como seria a de trás?
Agora já não importa
Se a coisa está, ou não, certa.
Mas antes não ter tal porta
E... ter a cidade aberta!
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